O QUE É SERENIDADE?

O termo é definido de varias maneiras: a calma, o sossego, a paz, e tranqüilidade, a paz da mente, o equilíbrio emocional, o estado não perturbado, o sangue frio e o domínio de si mesmo.

Contudo, do ponto de vista prático, talvez a melhor definição seria "a capacidade de viver em paz com os problemas não resolvidos".

A Oração da Serenidade fala em "aceitar as coisas que não podemos modificar".

A ACEITAÇÃO não deve ser confundida com a concordância.

Nem sempre concordamos, ou gostamos, com o modo como as coisas acontecem ou são conduzidas a nossa volta, temos este direito. Temos o direito de escolher nossos gostos e opiniões, como todas as pessoas o teem; mas temos obrigação de respeitar quem é, sente e pensa diferente de nós outros e vice-versa.


Em muitos momentos é possível que seja verdade que estejamos coerentes e certos em nossas posições, mas muitas vezes isto contribui pouco ou quase em nada para mudar a realidade a nossa volta.

O quê fazer então?

Entregar-se a sentimentos oriundos da contrariedade, como a raiva, a revolta e sentimentos de revanchismo?

Nós entendemos que é nesse momento que devemos lançar mão da ORAÇÃO da SERENIDADE.

Talvez possamos dizer que o resultado da prática da ORAÇÃO da SERENIDADE seja o DESLIGAMENTO EMOCIONAL dos fatos, coisas e pessoas que não podemos modificar.
Mas é preciso compreender que ACEITAÇÃO não é indiferença.


A indiferença deixa de distinguir entre as coisas que podem e as que não podem ser mudadas.

A indiferença paralisa a INICIATIVA para que modifiquemos as coisas que podemos.
A aceitação libera a iniciativa, aliviando-a das "cargas impossíveis", transferindo o foco da ação para o "possível".

A ACEITAÇÃO é um ato do LIVRE ARBÍTRIO, mas, para ser eficaz, requer a CORAGEM moral de se persistir apesar do problema imutável.

A aceitação liberta o aceitante, rompendo-lhe as cadeias da autopiedade.

Uma vez que aceitamos o que não pode ser modificado, ficamos livres emocionalmente e psicologicamente para nos empenhar em novas atividades.


Foi dito que uma mente imatura procura um mundo idealístico.

Queiramos ou não, precisamos encarar o mundo da realidade e aceitar a vida tal qual ela é, com todas as suas crueldades e inconsistências.

Talvez, em última análise, o inicio da SABEDORIA esteja na simples admissão de que as coisas nem sempre são como queríamos que fossem.

E que nós mesmos somos imperfeitos e não tão bondosos e trabalhadores quanto gostaríamos de ser.




Oração da Serenidade

Concedei-nos Senhor a Serenidade necessária,
para Aceitar as coisas que não podemos modificar;
Coragem para modificar aquelas que podemos;
e Sabedoria para distinguir umas das outras.







Vivência Nº 22 - Outubro/Novembro/Dezembro 1992

EVITE O PRIMEIRO ATRITO

Há 72 anos uma entidade vem cuidando de alcoólicos no mundo inteiro e está até na Internet, onde encontramos o site www.alcoolicosanonimos.org.br. Que divulga inclusive um lema interessante: “Evite o primeiro gole”.

Conhecida popularmente como A.A., a entidade funciona desde que dois alcoólicos descobriram que podiam manter-se sóbrios compartilhando seus problemas entre si. Mas juntamente com aquela entidade desenvolveu-se também no mundo inteiro uma organização chamada Al-Anon, que cuida de familiares e amigos de alcoólicos, adota os mesmos princípios de Alcoólicos Anônimos (adaptados) e adaptou também esse lema, para recomendar: “Evite o primeiro atrito”.


É sobre esse “primeiro atrito” que desejo falar, considerando algumas informações importantes que tive a oportunidade de colher em evento promovido por aquela entidade, onde tive a sorte de comparecer na qualidade de profissional interessado no assunto.
Ao evitar o primeiro atrito, os familiares fazem com que muitos problemas sejam evitados também, pois sempre que existe um confronto com um alcoólico – embriagado ou não – as consequências podem ser drásticas.

Segundo uma palestrante – que não se pode identificar para manter seu anonimato seguindo os princípios da entidade “Al-Anon surgiu da mesma necessidade de A.A. A necessidade de ‘dialogar’, de uma pessoa entender a outra, falarem a mesma linguagem, trocarem as experiências vividas com seus entes queridos doentes, que tanto lutavam para largar a bebida e não conseguiram.


Não custou muito para que as esposas dos alcoólicos descobrissem que o estado em que se encontravam era resultado do convívio sob o domínio do álcool, quando seus familiares e amigos se tornavam pessoas também doentes, de uma doença emocional. A troca de experiências mostrava o caminho a seguir.

Como o alcoolismo é considerado uma doença reflexiva – pois todos do convívio do alcoólico adoecem juntos – torna-se dificílimo compreender uma vida tão atribulada, onde o senhor de tudo é o álcool, que impera, manda e comanda a vida do alcoólico e conturba toda a família, pondo de água a baixo todos os planos feitos anteriormente.

Até que o familiar tome conhecimento de que o alcoólico é portador de uma doença, aceite, compreenda e se trate junto, leva muito tempo e requer sacrifício de ambas as partes, explica a representante dos familiares.


Al-Anon no Rio Grande do Norte completou trinta anos de formação em 2007. Desde que surgiu, os seus membros procuram mostrar que quando um familiar ou amigo de alcoólico evita o primeiro atrito, está contribuindo para a recuperação, na medida em que evita um descontrole emocional de ambos.

Al-Anon mostra que qualquer assunto ou problema surgido pode e deve ser tratado somente depois que os ânimos estiverem acalmados, noutro dia, noutra hora.

Falam em “recuperação” e não em “cura”, porque o alcoolismo não tem cura; pelo menos até agora não foi descoberta.

A importância das esposas de alcoólicos frequentarem o Al-Anon está na recuperação delas próprias.


A palestrante esclareceu que à medida que elas frequentam, tomam conhecimento de que seus familiares são doentes, descobrem que adoeceram emocionalmente durante esse mesmo tempo e trazem consigo as sequelas do sofrimento daquele convívio. Passam a trabalhar os sentimentos negativos, tão fortes, tão vivos, tão bem guardados e conservados de raiva, ressentimento, angústia, negação, rancor, autopiedade. Isso só acontece numa sala de Al-Anon, onde o foco do tratamento é o familiar e não o alcoólico garante ela.

Uma mudança de atitude do familiar esteja o alcoólico bebendo ou não, muda o clima e a convivência se torna mais amena.




Walter Medeiros - Jornalista - Natal, RN

Vivência nº 112 – Março/Abril 2008




Você pode entrar em contato conosco, através do e-mail:





Você sempre pode compartilhar as postagens com alguém.  Basta clicar no envelope   logo abaixo, no rodapé desta mensagem.

CONVIVÊNCIA COM O ALCOOLISMO

A organização Mundial de Saúde reconhece o alcoolismo como uma doença que pode ser detida, mas não curada.  Os familiares de alcoólicos são afetados pela doença do alcoolismo:  enquanto a obsessão do alcoólico é pela bebida, a obsessão da família é controlar essa bebida.

Essa obsessão leva as pessoas próximas ao alcoólico a ficarem ansiosas, sentirem raiva, alimentarem sentimentos de culpa, esconderem a situação e se tornarem sozinhas e frustradas. 





Você pode se identificar com alguns dos textos abaixo.  Clique no link:


Então você ama um alcoólico?

Descobri que eu estava doente

Desapego emocional com amor:



Os Grupos Familiares Al-Anon tiveram sua origem em Nova York, E.U.A. em 1951 atingindo, hoje, mais de 100 países, com um total de aproximadamente 25.000 grupos.  No Brasil, com aproximadamente 800 grupos, o Al-Anon existe desde 1965 e tem sua sede na cidade de São Paulo.


O Al-Anon inclui o Alateen para os Membros mais jovens da família:

O que o Al-Anon significa para os parentes e amigos de alcoólicos:





Você pode entrar em contato conosco, através do e-mail:





Você sempre pode compartilhar as postagens com alguém.  Basta clicar no envelope   logo abaixo, no rodapé desta mensagem.