Outro dia meu marido e eu
tivemos que enfrentar nosso filho alcoólico e lhe dizer que não podíamos mais
facilitar as coisas de modo que ele continuasse como estava. Ele tinha perdido outro emprego, sua esposa
estava indo com o bebê para a casa dos pais em outro estado, e mesmo assim ele
estava longe de pensar em pedir ajuda.
Desta vez ele teria que ajudar a si mesmo.
Provavelmente a coisa mais
difícil que já fiz foi dar as costa a este jovem a quem dei a vida. Ver o olhar triste e perdido nos seus lindos
olhos, seus largos ombros caídos, e ficar parada, olhando-o afastar-se com o
passo vagaroso e arrastado, foi como arrancar um pedaço de mim mesma. Mas nós tínhamos percebido que a ajuda que
lhe estávamos dando, na verdade só contribuía para que ele continuasse com sua
dependência. Tive que dizer: “Faça-se a Tua vontade, meu Deus”, ainda que
no fundo do coração eu soubesse que não queria necessariamente que a Sua
vontade fosse feita; o que eu desejava era ter meu filho de volta, saudável e
forte.
O Passo Um do Al-Anon me faz
lembrar que, independente do que eu queira ou não queira, sou impotente perante
meu filho. Se é necessário que eu o
solte a fim de tê-lo, então com a ajuda de Deus e o apoio do Al-Anon, posso Soltá-lo e entrega-lo a Deus. Posso aprender a me desligar com amor sem
sentir que o estou abandonando.