
E o tempo passou , meus pais se separaram . Depois de dez
anos minha mãe veio a falecer . Foi uma
época muito difícil. Havia conhecido o meu segundo relacionamento nesta época e
convivi com o Alcoolismo na Ativa. Todas as noites ele chegava alcoolizado ,
depois de uma peregrinação por vários bares. Deitava na cama, do jeito que
chegava. Tentava viver uma vida normal,
mas fui percebendo que com o passar do tempo , a sua saúde foi deteriorando ,
cada vez mais. Já não estava conseguindo trabalhar direito. Nem conseguia
escrever , tal era o tremor de suas mãos. Seu corpo estava cheio de manchas
roxas.

Percebi que o meu Alcoolico sentia a necessidade de parar, impossível
fazê-lo sozinho. Não conseguia interferir nesse processo dessa doença, mas me
doía profundamente fisicamente e espiritualmente.

No sábado, nós fomos ao AA e ele ficou maravilhado e
ingressou no domingo. Decidi ir com ele durante uma semana e depois falei com
ele que o caminho para o retorno estava
nas suas mãos e hoje já fazem alguma 24 horas que ele não bebe e está
sempre tentando fazer a programação do AA.
E eu estou fazendo algumas 24 horas no Al-Anon e sempre
tentando fazer a programação e tendo como meta o meu bem estar, assim como meu
alcoólico.
Por isso , não posso parar nunca de frequentar uma sala
de Al-Anon, principalmente se o Alcoolico está em recuperação, porque o trabalho de nossa espiritualidade deve ser
constante, porque cada dia acordamos de maneira diferente e nossa atitudes são
novas e as consequências às vezes não são boas, e cultivar o amor no coração
deve ser uma tarefa diária. Um jardim para ser belo, precisa ser cultivado
todos os dias.

Quando ouço alguem falando sobre sua vida, parece que é para mim. Ouvindo assim sinto esperança de realizar mudanças e começar sentir um novo gosto pela vida.
ResponderExcluir(membro al-anon ES)