SONHOS E EXPECTATIVAS


Grandes mudanças podem abalar as mais fortes convicções que temos sobre nós mesmos, sobre aqueles que amamos, e sobre o mundo em que vivemos.  Não é de admirar que sejamos tão vulneráveis e confusos quando os fundamentos sobre os quais construímos nossas vidas parecem se desfazer sob nossos pés.  Embora não mais neguemos nossa realidade, muitos de nós experimentam um profundo sentimento de perda à medida que nos afastamos do mundo de faz-de-conta no qual nos sentíamos seguros.


A perda de um sonho pode, muitas vezes, ser mais dolorosa do que uma perda concreta.  Quantos de nós se apaixonaram pelo potencial de alguém?  Quantos se agarraram desesperadamente a promessas de que da próxima vez seria diferente – parar de beber, jamais repetir o comportamento agressivo – só para ficarem mais uma vez desapontados? Muitas vezes temos esperanças muito dignas e generosas para as pessoas que amamos, e para nós mesmos; sonhamos com sucesso e realização na nossa vida doméstica e no trabalho; com todas as nossas forças desejamos deixar para trás um passado doloroso.  Sejam esses sonhos realistas ou não, quando alguma coisa os despedaça, perdemos uma parte de nós mesmos.  Talvez nos sintamos frustrados, confusos, e terrivelmente impotentes quando velhas ideias e soluções não funcionam, como se estivéssemos presos num corredor sem portas nem janelas.  Podem surgir a raiva, o medo e outros sentimentos perturbadores.


Para qualquer pessoa que não esteja acostumada a este tipo de emoção, esta experiência pode ser particularmente assustadora.  Depois de haver passado uma vida inteira fugindo de sentimentos desagradáveis, ou de haver zombado deles, ou procurado ignorá-los, a maioria de nós temos medo de não sobreviver a eles.  O problema é que sentimentos abafados não desaparecem simplesmente.  Podem ficar conosco durante anos.  Às vezes, a única esperança que temos de nos livrar desta carga incrivelmente opressiva é nos sentar em silêncio e deixar que os sentimentos transbordem.  Quando isso acontece, compartilhar com um padrinho de Al-Anon que conheça os detalhes de nossa situação pode ser um grande alívio.  Um padrinho pode nos ajudar a lembrar que não estamos sozinhos.  Ele pode indica um princípio ou um instrumento do Al-Anon que pode nos ajudar a colocar nossos esmagadores sentimentos em sua verdadeira perspectiva.  Este apoio contínuo, muitas vezes, nos ajuda a descobrir formas jamais imaginadas para externar esses sentimentos ou nos livrar deles.  Com o tempo, com a ajuda de outros membros do Al-Anon, muitos de nós se sentem mais preparados para determinar e agir de acordo com a circunstância.



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