QUANDO PRESTEI SERVIÇO ME SENTI MELHOR


Em 2011, atendendo ao convite de uma companheira do grupo Renascer, junto com o encarregado de Divulgação do Al-Anon no Estado, compareci à uma reunião do NAPA, em Laranjeiras,na Serra .  O NAPA é o Núcleo de Atendimento Psicológico e Social ao Apenado, desenvolvido em poucas Prefeituras do país. Até pouco tempo, apenas em Curitiba e na Serra existiam esse tipo de assistência.  Apesar de já ter sido informada por essa companheira que sempre tem contribuído nesse trabalho, constatei o cuidado carinhoso com que os assistentes sociais e a psicóloga  desenvolvem esse atendimento nas dependências da Secretaria da Mulher. Também prestavam ajuda , como convidados, membros do AA, levando um vídeo sobre o funcionamento de sua irmandade, que foi projetado e propiciou o início das explicações sobre o alcoolismo e sua recuperação. Após, os apenados e os convidados puderam expressar suas preocupações e dúvidas sobre o alcoolismo. Rosane , encarregada da programação do NAPA , recebeu um prêmio sobre esse trabalho maravilhoso que vem desenvolvendo, onde revela com emoção:

“Agradeço a Irmandade AL-ANON em participar na última terça-feira de cada mês do grupo (reunião) que é realizado junto às pessoas que são atendidas pelo NAPA - Núcleo de Atenção aos Assistidos por Transação Penal, do qual sou a técnica responsável. O NAPA é uma parceria entre a Prefeitura Municipal da Serra e o Poder Judiciário local (fórum)

A cooperação com AL-ANON e Alcoólicos Anônimos começou a partir do ano de 2008 e sempre presente, a Irmandade compartilha com muita segurança e tranquilidade o seu programa de vida, transmitindo experiência, força e esperança, a fim de solucionar os problemas  em comum. Venho aprendendo muito com AL-ANON, principalmente em buscar diariamente a tão difícil  Serenidade.

Dedico especialmente ao AL-ANON a homenagem recebida dos meus colegas de trabalho e do poder público municipal, no dia do servidor público.”



Este trabalho vem sendo desenvolvido com muito amor e contamos com todas as pessoas que queiram participar e ajudar nesta caminhada no comprometimento com a Declaração do Al-Anon e que Comece por Mim.      





 (membro AL-ANON ES)


GRUPOS FAMILIARES AL-ANON ES 
 (27) 33226551/99015881

GRUPOS FAMILIARES AL-ANON DO BRASIL
Telefax: (11) 3331-8799
www.al-anon. org.br


COLHEITAS DE BONS FRUTOS - DEPOIMENTOS


Através da minha prestação de serviço desde o meu ingresso tem me fortalecido muito. A cada dia sinto mais necessidade de compartilhar com meus companheiros do Al-Anon meus problemas comuns. Sei que nunca mais preciso sentir solidão.
 A programação me de devolveu a sanidade mental, espiritual, física e a vida , me tirou do abismo me colocou no caminho da luz. Por estas razões não meço esforços para levar a mensagem praticando o “Que comece por mim.” (depoimento de M).



                                                 O alcoolismo nos trouxe aqui.
O amor nos une e  o serviço nos recupera.                      (depoimento de L)





 
“A Coordenação do Al-Anon me trouxe conhecimento, responsabilidade e muito me auxiliou em minha recuperação. Planejando as reuniões, tive oportunidade de conhecer uma rica literatura, que me fez uma pessoa muito melhor do que eu era: mais confiante, mais paciente, mais tolerante para com os erros das pessoas, principalmente com os do meu especial. Comecei a enxergar qualidades onde antes  eu só via defeitos. Em resumo a única palavra que pode expressar a grandeza desta oportunidade como coordenadora é GRATIDÃO”. (membro Al-Anon ES)

MÃOS DADAS - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE


Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade

"DESAPEGO EMOCIONAL COM AMOR" um novo significado por Rosemary Hartman


Excelente leitura sobre desapego emocional com amor, do Sr. João Alexandre Rodrigues, Conselheiro de Comportamentos Adictivos (Addiction Counselor - Art of Counseling) desde 1993. Conselheiro Certificado em Abuso de Drogas e Álcool. Formação em Inglaterra (Farm Place e Broadway Lodge) e EUA (Hazelden Foundation).


Clique no link em azul abaixo:
 
"Desapego Emocional com Amor" um novo significado por Rosemary Hartman - Recuperar das Dependências (Adicção)

COPIEI ALGUMAS LINHAS DA MINHA AGENDA....




“ A vida não é uma corrida , mas uma viagem, que devemos desfrutar a cada passo".


Lembre-se : "Ontem é uma história, Amanhã é um mistério e Hoje é uma dádiva. Por isso se chama Presente! Viva o teu presente com muita energia e
                              muita vontade de viver.”




“ A morte não pode matar o que nunca morre”



“ O homem pode se ajoelhar porém nunca rastejar. O homem pode e deve chorar, porém nunca  choramingar”




“ O desligamento não significa desinteresse.... Considero o desligamento como um respeito ao outro.”

(membro Al-Anon)

DIVULGAÇÃO: AL-ANON IBES - GRUPO SERENIDADE



Clique no link abaixo e veja como chegar:

DEPOIMENTO: O PASSO 7


CONHECE-TE A TI MESMO

Meu marido tinha sido casado pela igreja à qual ambos pertencíamos quando jovens.  Quando nos casamos, ele tinha dois filhos, com dez e doze anos de idade.  Naquela época, nós dois éramos agnósticos nas nossas crenças.  Meu marido achava que uma separação completa era a melhor maneira de enfrentar o problema das crianças.  Seguimos isso de forma mais ou menos rigorosa, e o alcoolismo foi nosso único problema grave durante quinze anos.  Apesar de ser uma enfermeira diplomada, eu não sabia o quanto é grave o problema do alcoolismo. 

À medida que a doença corria o seu conhecido curso descendente, fiz todas as coisas tipicamente erradas.  Juntos, fizemos praticamente de tudo para resolver o problema, com grandes custos, tanto financeiros como emocionais, para nós dois.  De certa forma, acho que muitas das tentativas frustradas dos médicos de curar o meu marido foram úteis, porque somente depois de tantos fracassos ele conseguiu pedir ajuda ao AA.  Estou certa de que para ele foi um último refúgio.  Era AA ou nada mais.  Este foi o seu próprio ultimato.

Meu marido e eu desfrutamos de uma vida agradável, sóbria e cheia de energia durante muitos meses.  Ele falava em muitas reuniões e falava bem.  Nunca perdeu o seu exigente emprego, embora tivesse cometido, muitas vezes, erros que saíram caros, mas que foram cobertos.

Eu comecei a participar ativamente do Al-Anon e achava que era a melhor coisa do mundo.  Para um trabalho do Al-Anon que eu estava fazendo, era necessário estudar os Doze Passos em detalhe.  Eu me considerava uma autoridade, antes mesmo de saber do que se tratava o programa!  Entretanto, descobri que o estudo que fiz foi muito gratificante, quando precisei muito dele para mim mesma, e o recomendo especialmente a todo aquele que se sinta tão presunçoso quanto eu.

No final de alguns meses de sobriedade, meu marido recebeu a notícia de que seu filho mais velho estava seriamente doente, num local mais ou menos distante.  Então começou uma série de visitas semanais ao hospital, acompanhado da sua ex-esposa.  Eu era excluída dessas visitas, no meu próprio interesse e no jovem, conforme me explicaram.  Sinto admitir que eu não acreditava muito nisso, principalmente quando meu marido voltava toda vez – para o jeito dele – muito falante e entusiasmado, depois de visitar um filho doente, que nem sequer respondia!


Quando falei com ele sobre isso, ele me disse que eu estava imaginando coisas.  Não pude evitar pensar que agora, na sobriedade, ele estava de novo atraído por ela.  Ela é uma mulher de carreira que tem sucesso e não tornou a se casar.  Insisti em ir com eles a essas visitas, simplesmente porque não podia agüentar meus pensamentos enquanto ele estava fora.  Isso, naturalmente, só agravou a situação para mim.  Ninguém parecia se importar comigo.  Eu era simplesmente ignorada.

Estava espantada e revoltada por ter-me deixado envolver dessa forma, mas eu racionalizava e, como sempre, caía na autopiedade.  Quando se tornou bem claro que eu não podia mais controlar meus sentimentos, eu quando me disseram que essas visitas continuariam, independente de como me sentisse, fiquei totalmente desesperada.


Seguiram-se três meses de angustiante tortura e de lacrimosas tentativas de compreender e resolver esta situação, que para mim era impossível.  Tentei pedir conselhos a companheiros do Al-Anon, do modo mais discreto e honesto que me era possível na ocasião.  Tentei, sem resultado, aplicar os Doze Passos.  Tentei a Oração da Serenidade e rezei, mas só para me libertar.

Todas estas medidas ajudaram temporariamente, mas em última análise, eu não tinha mudado em nada, porque estava firmemente convencida de que os outros estavam errados.  Tentei ser justa, mas não pude.  Pedi sabedoria para saber se isto era algo que eu pudesse modificar, mas não descobri.  Não naquele momento.

Então, me sentindo ainda totalmente rejeitada e paralisada, e tendo dito a meu marido que eu achava que devíamos nos separar, fomos juntos à reunião de aniversário do meu Grupo Al-Anon.  Nessa noite tivemos um orador maravilhoso, de grande espiritualidade. Ele nos levou através de onze dos Passos, mas eu perdi o que ele disse a respeito da maioria deles.  No entanto, meus ouvidos se aguçaram quando eu ouvi dizer que o despertar espiritual ao qual se refere o Passo Doze não precisa vir como uma pancada na cabeça, que tudo o que realmente precisamos para nos iluminar é conhecermos profundamente a nós mesmos. De alguma forma, isso pareceu ter uma grande importância para mim, mas não percebi até já estar deitada, repassando os acontecimentos da noite, quando aconteceu o impacto em cheio.  O pensamento conhece-te a ti mesmo ficou voltando à minha mente, até que, em desespero, perguntei a mim mesma seriamente, se eu realmente me conhecia.  Seria possível que eu estivesse enganada e que não fosse a enganada? Ouvi, pela primeira vez, essa tímida e pequena dúvida, e então implorei a Deus que me ajudasse a conhecer o meu eu verdadeiro.  Com determinação, varri para o lado os velhos argumentos e racionalizações e, admitindo a possibilidade de que eu estava errada, disse: Seja feita a Tua vontade, sem reservas.  Com incrível tranqüilidade e segurança, eu estava consciente da clareza de pensamento a respeito de toda a situação, assim como de outros problemas relacionados.  Tudo simplesmente entrou em seu lugar.  As coisas impossíveis não eram mais impossíveis.  Compreendi claramente que o que o meu marido havia sentido era a alegria natural de um pai que tinha sido privado de ser verdadeiramente pai por muito tempo.  O laço que eu tinha visto entre ele e a mãe do jovem naquelas visitas, era apenas a preocupação que ele compartilhava com a mãe do seu filho.  Meus sentimentos em relação a ela mudaram completamente desde então.  Agora posso ser caridosa.

Acredito que o que recebi foi uma verdadeira graça de Deus e que isso tornou possível para mim, voltar com grande bem-estar à minha antiga religião e a fazer alguns ajustes difíceis na minha vida.  Acredito que, por meio do Al-Anon, a maioria das pessoas é levada a uma verdadeira espiritualidade, de forma suave e gradual, sem passar por medidas drásticas.  Acredito, contudo, que eu estava tão longe e tão desesperada pela ajuda de um Deus pessoal e misericordioso, que precisava de uma espécie de terapia de choque para me mostrar o caminho.  Sempre precisamos de ajuda de Deus, naturalmente, mas algumas vezes precisamos de cirurgia divina para remover falhas insidiosas que continuam a se alastrar e podem afetar todo o nosso ser.  Se alguma coisa como esta me acontecer novamente, espero conhecer o suficiente para fazer uso do Passo Sete* (Humildemente, pedimos a Ele para remover nossas imperfeições) e orar com muita humildade e fervor pela remoção das minhas imperfeições.  Agora sei, sem sombra de dúvida, que nossas falhas podem e serão removidas através de uma graça especial de Deus, e que isso aconteceu por causa do Al-Anon.

Passos 1, 2, 3 e 4:

*Passos 5, 6, 7 e 8:

Passos 9, 10, 11 e 12:


DEPOIMENTO DE UMA MÃE: LUZ E ESCURIDÃO


Era um dia de sol, pelo menos lá fora. Estava no meu quarto sem vontade de fazer nada, sem vontade de viver.


Final de ano. Sem planos, sem vida, sem nenhum momento de alegria.

Não adiantou controlar, vigiar, viver a vida do meu filho, dependente de álcool. Só sei que estou doente, muito doente.

Pedi ajuda e descobri o AL-ANON. Me enchi de coragem e  decidi assistir  uma reunião.  Qual foi meu espanto, onde esperava encontrar caras de sofrimento,  vi rostos serenos.  Será que eu estava no lugar certo?

Sentei , ouvi o depoimento das pessoas e parecia muito com a minha história. Decidi também falar.  Chorei muito; estava toda retalhada por dentro. Era muito difícil admitir a minha impotência, mas quando a reunião acabou estava me sentindo bastante leve.

Mas quando chegou o dia da próxima reunião, não tinha força para voltar. Sei que ali estava a chave da minha felicidade, mas implicava em mudanças, enxergar o retrato da minha realidade, cuidar de mim e isto tudo me doía muito.


Mas alguma coisa bem maior do que eu me levou novamente à sala e até hoje estou lá. Desta vez estendendo a mão para aqueles que estão vindo pela primeira vez.

A palavra que rege meu coração é GRATIDÃO.

..... Final do ano de 2009.  Dia de sol e dentro do meu quarto está irradiando muita luz . Espero que em 2010 muito mais corações sofridos se encham de alegria da mesma forma que eu proporcionei à minha vida. E sei que meu filho descobrirá o seu caminho, mas devo permitir que apenas ele, descubra o caminho da sua felicidade ....



(membro Al-Anon ES- depoimento de uma mãe em 2009)

O SENTIDO DOS GANSOS


No outono, quando se vê bandos de gansos voando rumo ao sul, formando um grande “V” no céu, indaga-se  o que a ciência já descobriu, sobre o porquê  de voarem dessa forma.

Sabe-se que, quando cada ave bate as asas move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás. Ao voar em forma de “V”, o bando se beneficia de, pelo menos 71% mais de força de vôo, do que uma  ave voando sozinha. Pessoas que tem a mesma direção e sentido de comunidade podem atingir seus objetivos de forma mais rápida e fácil, pois viam beneficiando-se de um impulso mútuo.

Sempre que o ganso sai do bando, sente, subitamente, o esforço e a resistência necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra outra vez em formação para aproveitar o deslocamento do ar provocado pela ave que voa imediatamente à sua frente.

Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, permaneceríamos em formação com os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir.

Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da formação e outro ganso assume a liderança.

Vale a pena nos revezarmos em tarefas difíceis e isso serve tanto para as pessoas quanto para os gansos que voam rumo ao sul.

Os gansos de trás gritam, encorajando os da frente para que mantenham a velocidade.

Que mensagem passamos quando gritamos de trás?

Finalmente, quando um ganso fica doente ou é ferido por um tiro e cai, dois gansos saem da formação e o acompanham para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que consiga voar novamente ou até que morra. Só então levantam vôo sozinhos ou em outra formação, a fim de alcançar seu bando.

Se tivéssemos o sentido dos gansos, também ficaríamos um ao lado do outro! Assim...

( BOLETIM AL-ANON – INFORMATIVO NACIONAL- nº 82)

PROVÉRBIO SÂNSCRITO


Olhe para este dia,
Pois ele é a vida,
A verdadeira vida da vida.
No seu breve curso se encontram todas
As realidades e verdades da existência,
A bem- aventurança do crescimento,
A grandeza da ação,
A glória do poder –
Pois o ontem é apenas um sonho,
E amanhã apenas uma visão,
Mas o hoje, bem vivido,
Faz de cada ontem um sonho
De felicidade
E  de cada amanhã uma visão de esperança.
Portanto, olhe bem para este dia.




Obs. Extraído de “24  HOURS  A  DAY” – Publicado pela Hazelden  Foundation – Todos os direitos reservados .VINTE E QUATRO HORAS  -Traduzido e Publicado em português no Brasil por VILA SERENA – RIO DE JANEIRO- RJ

PORQUE CONTINUEI VOLTANDO


Para responder a esta pergunta voltarei ao meu primeiro dia na sala de AL-ANON. Cheguei com o seguinte pensamento: “Acho que estou no lugar errado! Esse lugar não parece ser pra mim, mas se for importante para meu familiar, então eu ficarei e farei tudo que for preciso!” Ao mesmo tempo em que estava determinada a ajudar meu familiar me sentia fracassada por estar indo buscar ajuda, pois fui ensinada que pedir ajuda é delegar ao outro as soluções por incapacidade. Porém o acolhimento que me foi proporcionado logo afastou este sentimento, dando lugar a uma sensação de estar sendo aceita de forma positiva e incondicional.
  
No início da reunião alguém me disse: “hoje você é a pessoa mais importante para nós”, confesso que me assustei, como assim?  Estou aqui pelo meu familiar e não por mim, mas logo em seguida me veio à reflexão: nossa! É a primeira vez que ouço que sou importante para alguém! A fala desta pessoa por um momento me levou a prestar atenção em mim, algo que não fazia há muito tempo ou talvez nunca tivesse feito. Estava tão mergulhada no sentimento de alto-piedade que não havia me dado conta o quanto estava afastada de mim mesmo.
 
Freqüentar as reuniões do AL-ANON significou muito pra mim, elevar minha autoestima, descobrir minha capacidade, acreditar em mim mesmo, e isso se deve ao empenho dos membros que também um dia chegaram com os sentimentos confusos como eu. Por isso sabem respeitar e acolher do mesmo modo que um dia também foram acolhidos.

Porque eu continuo voltando? Simples!  Aprendi no AL-ANON que não preciso abrir mão de mim para cuidar do outro, levei isso tão a sério que conclui uma faculdade, algo que não me via capaz de dar conta, estou me sentindo realizada e fortalecida para continuar convivendo com o alcoolismo sem permitir ser afetada. Portanto volto por querer acolher os que chegam, assim como eu fui acolhida, pois sempre que voltava das minhas férias de faculdade as pessoas estavam lá, com as portas abertas para continuar me recebendo, com o mesmo acolhimento do primeiro dia. Volto principalmente por gratidão, pois sinto que  por mais que eu preste serviço a este grupo ainda assim me sentirei em dívida, por considerar que, o que me proporcionaram não tem preço.


Ao AL-ANON minha eterna gratidão.


PARA REFLETIR: 20 DE MAIO – PENSAMENTOS OBSESSIVOS


Como o alcoolismo, o pensamento obsessivo pode ser demais para se lidar.  Minha melhor esperança em combate-lo é não começar, porque uma vez iniciado, ele ganha força e se torna mais difícil de interromper.

Antes que o pensamento obsessivo se instale, geralmente há um ponto onde tenho que fazer uma escolha.  Posso optar por, mentalmente, jogar com um assunto que manteve meu pensamento como refém no passado e, portanto, é perigoso.  Ou posso reconhecer o perigo e tentar descartar qualquer pensamento sobre o assunto, orando pela ajuda do meu Poder Superior.  Posso procurar um membro do Al-Anon para apoio, antes de lidar com um assunto no qual sou vulnerável, para que os meus pensamentos não tenham a oportunidade de ficarem trancados dentro da minha cabeça.


Exercerei o poder de escolha, recusando o convite dos pensamentos obsessivos.  Se eu não os agarrar, não terei de me soltar deles.




PARA PENSAR HOJE:

Estou aprendendo a prestar atenção nos meus pensamentos.  Se houver alguma coisa que eu não possa considerar sem me tornar obcecado, respeitarei esse fato e agirei adequadamente.  Reunirei a força e o apoio do meu programa Al-Anon, dos meus companheiros e do meu Poder Superior antes de tentar equacioná-lo.  E se o assunto não for da minha conta, não me envolverei de forma alguma.



“Se você trabalha a sua mente, com a sua mente, como pode evitar uma grande confusão?”

Seng-ts’an