"Não recorro ao Al-Anon somente para aprender a conviver com os problemas do alcoolismo ativo.É meu MODO DE VIDA, uma vida cada vez MAIS RICA e COMPENSADORA, à medida que aprendo a utilizar o PROGRAMA em profundidade ." (LAC B-16 Coragem para Mudar , pag 102)
OS GRUPOS FAMILIARES AL-ANON SÃO UMA ASSOCIAÇÃO DE PARENTES E AMIGOS DE ALCOÓLICOS QUE COMPARTILHAM SUA EXPERIÊNCIA, FORÇA E ESPERANÇA, A FIM DE SOLUCIONAR OS PROBLEMAS EM COMUM. O ALCOOLISMO É UMA DOENÇA QUE ATINGE TODA A FAMÍLIA. O AL-ANON NÃO ESTÁ LIGADO A NENHUMA SEITA, RELIGIÃO OU MOVIMENTO POLÍTICO. NÃO EXISTEM TAXAS PARA SER MEMBRO. PROPÓSITO AL-ANON: PRESTAR AJUDA A FAMILIARES E AMIGOS DE ALCOÓLICOS.
PROCEDENDO COM DIGNIDADE
Sempre que reajo a um
comportamento inaceitável ou a uma situação assustadora, estou abrindo mão da
minha dignidade. Isso era uma das coisas
que tanto me incomodavam no passado: era eu a pessoa que chamava a atenção dos
outros e era taxada de louca ou de malvada; nunca o alcoólico. Agora, me desligar e sair sem fazer papel de
boba tem sido muito bom. Graças ao
Al-Anon, agora eu sei que posso parar e pensar, ou conversar com minha madrinha
antes de decidir o que fazer, ou o que não
fazer. Na maioria das vezes, quando
ocorrem situações difíceis eu me lembro de que meu objetivo não é vencer nem
provar que estou certa, mas manter minha dignidade e sentir orgulho de saber
que não terei que fazer reparações por causa do meu comportamento.
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SERENIDADE
À medida que nos desligamos
da obsessão, da preocupação e do enfoque sobre todos, menos em nós mesmos,
muitos de nós ficamos desconcertados pela crescente calma em nossas mentes. Sabíamos como viver em estado de crise, mas
muitas vezes, foi preciso um pequeno ajuste para ficarmos à vontade com a
calma. O preço da serenidade foi
diminuir a tagarelice mental constante que tomara tanto tempo; de repente
tínhamos muito tempo à nossa disposição e queríamos saber como preenche-lo.
Ao me tornar cada vez mais
sereno como resultado da aplicação do programa Al-Anon, eu ficava surpreso por
me encontrar ainda agarrado a velhos medos, como se quisesse permanecer em
crise. Percebi que eu não sabia como me
sentir seguro se não estivesse mentalmente ocupado. Quando eu me preocupava, me sentia envolvido –
e portanto, de certa forma no controle.
Como exercício, meu padrinho
sugeriu que eu tentasse manter minha calma interior, mesmo quando me sentisse
amedrontado ou com dúvidas. Enquanto
assim agia, eu me assegurava, cada vez mais, de que estava seguro aos cuidados
de um Poder maior do que eu mesmo. Hoje
sei que essa sanidade e serenidade são as dádivas que tenho recebido pelos meus
esforços e minha fé. Com a prática estou
aprendendo a confiar na paz.
PARA PENSAR HOJE
Hoje apreciarei a minha
serenidade. Sei que é seguro
aproveitá-la.
“Fique calmo e saiba que eu
estou contigo.”
COMPREENSÃO DE NÓS MESMOS E DO ALCOOLISMO
“....Os alcoólicos, na sua maioria , gostariam de ser bebedores
sociais. Gastam muito tempo e esforço tentando controlar sua maneira de beber,
a fim de poder beber como as outras pessoas. Podem tentar beber nos fins de
semana ou apenas beber um tipo de bebida, mas jamais podem ter a certeza de
conseguir parar de beber quando quiserem. Terminam bêbados, mesmo quando haviam
prometido a si mesmos não tornar a fazê-lo. Isso é uma COMPULSÃO.”
“ Faz parte da natureza dessa doença os pacientes não
acreditam que estão doentes. Isso é NEGAÇÃO. A esperança de recuperação está na
sua capacidade de reconhecer a necessidade de ajuda, do seu desejo de parar de
beber, e da sua disposição para admitir que não podem lidar com o problema
sozinhos.”
... Nós que procuramos o AL-ANON, estávamos desesperados,
éramos incapazes de pensar na possibilidade de uma mudança, incapazes de seguir
em frente. Nos sentimos prejudicados por aqueles que amamos, sobrecarregados de
responsabilidades, rejeitados, não amados e sozinhos.
...Então tentamos mudar essas atitudes, aprender a nos
tornar responsáveis por nós mesmos, descobrir nossos sentimentos de autoestima
e de amor, e começamos a crescer espiritualmente.
(Compreensão de nós mesmos e do Alcoolismo – LAC P-48)
A CONVIVÊNCIA COM UM FAMILIAR ALCOÓLICO
Tão difícil quanto conviver com um familiar
alcoólico, é admitir que eles também possuem qualidades... e muitas! Difícil também é enxergar, em meio a tantas situações
difíceis, que somos tão imperfeitos quanto eles, apesar de não estarmos reféns
da doença do alcoolismo. A doença nos
cega para as qualidades de nosso ente querido, fixando 100% de nossa atenção
para os problemas relacionados à bebida.
O programa Al-Anon é imprescindível para nos lembrar
que, também somos imperfeitos, que também precisamos fazer, periodicamente, um
inventário de nossas ações e pensamentos.
Sem isso, estaremos fadados a mergulhar em uma postura de alto piedade e
falsa perfeição.
A convivência com um familiar alcoólico é, de longe,
algo prazeroso e agradável. Mas se
olharmos atentamente a nossa volta, será que o “gramado do vizinho” é tão verde
assim? Devemos aceitar os desafios que a
vida nos impõe, tendo sempre bom ânimo e esperança. Precisamos confiar na sabedoria e justiça do
Poder Superior, acreditando que dias melhores virão e, assim como os outros
desafios de nossa vida, seremos capazes de superar. 24h de cada vez!
Desejo profundamente que minhas palavras possam levar
um pouco de ânimo e esperança a todos aquele que, assim como eu, a cada 24h
encontram forças para continuar essa jornada.
Sem desanimar. Com bom
humor. Às vezes chorando, às vezes sorrindo. Sempre com fé e esperança.
Só por hoje, eu tentarei ser feliz com o que a vida
me oferece neste instante. Só por hoje,
não pensarei em todas as coisas ruins que me cercam. Minha atenção estará focada em contemplar a
beleza da vida, principalmente nas pequenas coisas.
Uma Al-Anon em recuperação.
O DILEMA DO CASAMENTO COM UM ALCOÓLICO
...
Embora ela (a esposa) possa
ter aprendido no Al-Anon que ninguém pode entender as motivações de outra
pessoa, se sente frustrada pela incapacidade de entender “o que aconteceu com meu
casamento”.
A explicação seguinte, por
um alcoólico sóbrio em AA, é oferecida como um ponto de vista da situação de um
homem. Pode ou não ser típica, mas ajuda
a esclarecer um pouco a atitude do alcoólico recuperado.
“Conversei com muitas
pessoas em AA sobre problemas conjugais e suas causas, e o que tenho a dizer
aqui é uma espécie de resumo daquilo que sei, baseado em minha própria
experiência e naquilo que ouvi de outros.
“O problema sexual do
alcoólico que parou de beber parece vir de um condicionamento tão complicado
que é difícil, senão impossível, explicar mesmo as versões que conheço. Quero enfatizar que minhas conclusões não se
aplicam a casos gerais, mas apenas a certas situações.
“Acho que muitas vezes
poderíamos obter um quadro mais nítido do problema se levássemos mais em conta
as razões que deram origem ao casamento e como as personalidades básicas dos
parceiros reagem uma à outra. Por
exemplo, uma das características conhecidas do alcoólico é a dependência. Sua tendência é procurar uma esposa maternal,
alguém em que possa se apoiar. Por
conseguinte, quando encontra a mulher com que quer se casar, é uma mulher que
tenha instinto maternal altamente desenvolvido e que, por sua vez, queira um
homem para mimar e proteger.
“Poderia parecer que duas
pessoas desse tipo realmente se completariam e, portanto, realizariam um
casamento ideal, pois, cada um supriria as necessidades do outro. Mas para começar, um relacionamento mãe-filho
não é bastante confiável para um casamento adulto. Independente do alcoolismo, eles já estão se
encaminhando para problemas.
“Depois, quando o alcoolismo
acentua a dependência do alcoólico e o fardo se torna demasiado para a esposa,
ela se refugia em autopiedade e ressentimento.
“Sua atitude frente a ele,
embora possa ser inconsciente, não consegue transformá-lo num homem de
responsabilidade. A atitude dele frente
a ela, à medida que sua maneira de beber se torna cada vez mais compulsiva, é
de um desapontamento inconsciente de que ‘mamãe’ falhou esperando que ele crescesse.
“Quando este homem encontra
a sobriedade em AA e realmente pratica o programa dos Doze Passos, com certeza
ocorrerão mudanças no seu relacionamento conjugal para as quais nenhum dos dois
está preparado. Ele toma a decisão de
crescer, de assumir suas responsabilidades, de fazer sua sobriedade valer em
termos de vida adulta. Ele quer vencer
sua dependência e deixar para trás o negócio de ‘mamãe’. Mas esse desejo, por si só, não pode mudar a
atitude ou o comportamento da esposa, e a brecha entre eles aumenta. Eles jamais poderão voltar às primeiras fases
do casamento, pois, ele já não quer se apoiar nela.
“Como desde o início sua
esposa tem sido para ele uma imagem maternal, talvez ele também tenha
sentimentos profundamente arraigados a respeito de suas relações sexuais com
ela, e isso tenderá a fazer com que se afaste dela como parceira no casamento.
“Não estou dizendo que isso
seja claramente compreendido pelas pessoas envolvidas em tal situação, mas o
sentimento existe e pode transformar o relacionamento do casal em algo que
nenhum deles acha tolerável.
“Outra maneira de tentar
visualizar essa dificuldade é compreender que o alcoólico é basicamente
inseguro e, portanto, procura um parceiro mais forte. Quer seja a imagem da mãe, a imagem do pai ou
a imagem de Deus, em sua mente ele criará aquela que sua necessidade exige e
cuidadosamente a protege de qualquer coisa que possa expor sua fraqueza ou
reduzir sua importância na sua mente.
“Conheci muitos homens
alcoólicos que eram tão fortes e masculinos que ninguém jamais imaginaria que
fossem dependentes, particularmente de uma mulher. Eles podem se queixar de suas esposas de modo
superficial: ‘ela é uma péssima cozinheira, uma dona de casa desleixada, não
faz nada a não ser ir ao cinema e jogar cartas’. Mas essas queixas são apresentadas apenas
como uma desculpa para beber e, portanto, nada significam. Eles nunca falam de suas esposas como pessoas
fracas, desamparadas ou burras. Isso
eles nunca fariam, porque estariam destruindo o baluarte de proteção que suas
esposas representam para eles, seu escudo contra um mundo ameaçador.
“O alcoólico muitas vezes
atribui à esposa características e atitudes que existem unicamente em sua
mente. Ele pode coloca-la numa posição
de superego, uma espécie de divindade, não uma divindade meiga e indulgente,
mas punidora. Isso também satisfaz uma
de suas maiores necessidades. Vencido
por esse terrível sentimento de culpa, o alcoólico, na realidade, quer ser
punido porque quer que sua culpa seja aliviada.
E quando ela o censura, o insulta, briga com ele, o ‘culpado’ sente um
alívio como se tivesse pago pelos seus pecados.
Desse modo, ela está fazendo o jogo dele e possibilita que ele encontre
desculpas para continuar bebendo. Ela,
ao mesmo tempo, aliviou seus sentimentos reprimidos quanto à irresponsabilidade e
negligência do marido, e nessa interação doentia, o casamento com um alcoólico
muitas vezes continua ano após ano sem que ninguém faça qualquer coisa para
quebrar esta rotina destrutiva.
“Se ela é carinhosa e
sofredora, sua imagem aumenta o sentimento de culpa do marido e o impele ainda
mais na sua busca de esquecimento no álcool.
“Mas em ambos os casos, quer
ele esteja bebendo ou tenha ficado sóbrio, inconscientemente ele a forçou a
permanecer num pedestal onde a considera inacessível. Sendo alcoólicos, nós nos sentimos como uns
patifes que não temos o direito de fazer amor com uma pessoa que ocupa tão
sublime posição em nossas vidas. Em
alguns casos, sentimos que participamos de prazeres do ‘diabo’ e, por
conseguinte, não nos sentimos à vontade com um ‘anjo’.
“Algumas vezes, por causa de
sórdidas complicações que podem acontecer durante os apagamentos, ou mesmo
devido ao julgamento deturpado provocado pela euforia alcoólica, ele pode
equacionar álcool e sexo como males, e tendo tomado medidas para vencer sua
dependência pelo álcool, também se afasta do sexo.
“Em outros casos, as
dificuldades para fazer um ajustamento sexual depois da sobriedade podem também
ser devidas a uma atitude muito rígida por parte da esposa. Digamos que uma crise levou o alcoólico para
AA. Ele começa a corrigir seus defeitos
de caráter e está aprendendo a olhar a vida com mais realismo. À medida que luta para fazer esta lenta
escala de volta à sanidade, sua esposa talvez continue a relembrar suas falhas
do passado. Ela pode se ressentir com a
dedicação dele ao AA, que o leva a tantas reuniões. Em outras palavras, ele está crescendo ao
passo que ela está encalhada em seus velhos ressentimentos que a mantêm zangada
e confusa.
“Parece-me que a única
esperança de resolver dificuldades desse tipo é a esposa recorrer ao Al-Anon,
onde ela pode aprender a compreender sua situação mais claramente, e como
vencer seus defeitos que contribuíram para a discórdia no seu casamento. Quando ela descobrir que não está
inteiramente isenta de culpa em tudo o que aconteceu, eles podem seguir adiante
juntos e estabelecer um relacionamento de respeito, tolerância e afeição mútuos”.
...
Trecho extraído do livro O
DILEMA DO CASAMENTO COM UM ALCOÓLICO, LAC B-4, Págs: 41 à 45.
O PRIMEIRO PASSO
1 – Admitimos que éramos
impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o controle de nossas vidas.
No Al-Anon aprendi que estou
destinado a fracassar se quiser fazer alguém parar de beber, porque sou
impotente perante o alcoolismo. Outros
companheiros também fracassaram, e apesar disso pareciam quase felizes em
admiti-lo. Com o tempo eu compreendi:
soltando as rédeas dessa batalha que estávamos certos de perder, nos tornávamos
livres.
Pouco a pouco aprendi que
nada que eu fizesse ou deixasse de fazer convenceria a pessoa que amo a ficar
sóbria. Compreendi intelectualmente, mas
demorou um pouco até que eu compreendesse com o coração. Neste longo processo foram indispensáveis
frequentes reuniões de Al-Anon, conversas por telefone e a leitura da
literatura de Al-Anon.
Mais tarde, quando a pessoa
que amo decidiu ficar sóbria, encontrei novas maneiras de aplicar este
princípio de impotência. Apesar de ficar
tentado a conferir o número de reuniões que o alcoólico assistia, e de
protegê-lo de coisas desagradáveis, eu havia aceitado que nada que eu pudesse
fazer poderia interromper a sobriedade de outra pessoa. Depois de um tempo, vi que meus medos tinham
pouco a ver com o alcoólico. Em vez disso, eles indicavam que eu precisava
trabalhar o meu programa.
PARA PENSAR HOJE
Quando consigo admitir que
sou impotente perante o álcool, minha vida se torna mais controlável. Hoje tomarei o caminho para a liberdade
pessoal e a serenidade que surgem quando me rendo.
“Nosso
crescimento espiritual é ilimitado e nossa recompensa é infinita se tentarmos
aplicar este programa em todos os momentos de nossas vidas diárias”.
Os
doze passos e as doze tradições do Al-Anon.
DEBATE ABERTO
O Primeiro Passo mudou
alguma coisa em sua vida? Como foi? Em momento isso aconteceu? Anonimamente, compartilhe conosco sua
história!
UM DIA DE CADA VEZ
Vivemos em uma sociedade de
gratificações instantâneas: café instantâneo, lanche instantâneo, dinheiro
instantâneo do nosso banco eletrônico local, isso se vê em todas as
partes! Não é de admirar que muitos de
nós cheguemos às portas do Al-Anon procurando a resposta instantânea para todos
os problemas que surgem por amar e conviver com um alcoólico.
A recuperação é um
processo. Leva tempo recuperar, corrigir
e nos ressarcir de tudo o que tínhamos perdido, enquanto tentávamos enfrentar o
alcoolismo ativo por nossa própria conta.
Adquirir confiança leva tempo, mudar leva tempo, recuperar velhas
feridas leva tempo; não existem soluções
imediatas ou instantâneas. Mas os
instrumentos e os princípios do nosso programa, os Passos, as Tradições, os
Lemas, as reuniões, o apadrinhamento, o serviço – podem nos levar às respostas
certas.
Todos nós temos épocas
difíceis em nossas vidas, mas o caminho que leva a tempos melhores é muitas
vezes, o que nos torna pessoas mais felizes e mais fortes. Quando paramos de esperar alívio instantâneo,
podemos vir a acreditar que onde estamos hoje é exatamente onde nosso Poder
Superior quer que estejamos.
PARA PENSAR HOJE
O Al-Anon é um programa para
ser feito “Um dia de cada vez”. Não
importa o que está acontecendo ao meu redor, hoje se que estou
progredindo. Confiarei no processo de
recuperação. Darei tempo ao tempo.
“
Seu eu estiver sob pressão e me exigindo prazos, pararei por alguns minutos e
pensarei somente neste único dia e no que posso fazer com ele”.
One day at a time in Al-Anon
Leia também:
Só por Hoje
Oração da Serenidade
O que você precisa saber
sobre o programa
http://alanon-es.blogspot.com.br/2012/04/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o.html
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GRUPO CONSCIENTE, COMITE DE ÁREA FORTE
Nos dias 01 e 02 de setembro foi realizado o 2º Encontro
de Área do ES , intitulado Grupo
Consciente, Comitê de Área Forte e o Repasse da 34ª Conferência realizada em
São Paulo em 2012.
No dia 01 de setembro iniciamos o encontro às 10:00 horas
apresentando o REPASSE DA CONFERÊNCIA
tendo como base o Resumo da Conferência que traça através da grande
estrutura que temos o repasse do compartilhar de todas as pessoas que unidas
com representantes do país inteiros, trocamos experiências para fazer com que o
AL-ANON tenha cada vez mais uma base forte para que os Grupos cresçam e se
espalhem para dar apoio e ajuda à
famílias que sofrem pela doença do Alcoolismo.
No dia 02 de setembro, começamos a trabalhar o tema Grupo
Consciente , Comitê de Área de Forte. Começamos a falar de Consciência de Grupo
, trabalhamos uma dinâmica muito interessante, da união do grupo segurando uma
corda num comprometimento de Grupo e
posteriormente falamos sobre a tradição
01.
E aí apareceu o
Elixir do Al-Anon, e foi eleita no Encontro A Garota Propaganda do Al-Anon, que
pelo Anonimato não falaremos. Este Elixir vem seguido de uma bula imensa que
depois revelaremos numa próxima edição
do Blog.
Na apresentação sobre o apadrinhamento escolhemos alguns
padrinhos e afilhados para fazer alguns depoimentos de padrinhos e afilhados de
serviço e padrinhos e afilhados de grupo.
E finalizado uma dinâmica muito grande para exemplificar
o trabalho dos Grupos com recortes ,
colagens e escritos que foram distribuídos em 03 grupos e montados no Grupo da
Área que montou numa folha maior , colagem das 03 folhas, uma de cada grupo,
mostrando uma repaginada diferente , em um trabalho que ficou mais forte,
criando uma Comitê de Área Mais Forte, refletindo assim para Grupos mais
Fortes.
Houve um espaço também para falarmos do Blog, divulgarmos
o Blog, incentivarmos na leitura, no envio dos depoimentos, e também nos comentários do blog. Os textos podem ser
enviados pelo comiteareaes@yahoo.com.br
e no próprio blog do AL-ANON ES.
Teremos outros textos do encontro. E, por favor , envie
comentários.
(coordenadora de área do ES)
AUTOANÁLISE
Um sinal de maturidade, para
mim, ao lidar com situações difíceis, é resolver quais das minhas
características são defeitos e quais são forças. O Al-Anon me levou a enxergar que muitas
vezes, quando separo um comportamento e o analiso, não é o grande monstro que
eu temia. Pode simplesmente ser: “Fiz o
melhor que pude com o que eu tinha naquele momento”. Saber que eu não estou sempre errada me dá
coragem para enfrentar as críticas dos outros – e para analisar aquele
comportamento À luz da minha moral. Então, se achar que o que eles dizem é
verdadeiro, posso acrescentá-lo à minha lista de crescimento. Se achar que a crítica não é verdadeira,
posso jogá-la fora como água nas costas de um pato. Não tenho que aceita-la, mas também não tenho
que acrescentá-la às minhas cargas, guardando rancor.
DEPOIMENTO ALATEEN: APRENDENDO A PERDOAR
Minhas lembranças das
bebedeiras dos meus pais incluem gritarias, blasfêmias e em seguida, agressões
físicas. Por isso, eu era a “boa
menininha” – sempre me esforçando, sempre me comportando bem, pois, assim eu
não causaria problemas. A raiva excessiva,
mesmo sendo a minha, sempre me assustou, mas no Al-Anon eu estou trabalhando
isso.
As lembranças do incesto
praticado pelo meu pai sempre foram nebulosas.
Isso aconteceu no início da minha adolescência até a metade dela. Ele vinha ao meu quarto no meio da noite, e
eu acordava quando ele tinha começado a me acariciar. Eu fingia que continuava dormindo, mas me
lembro de gostar da sensação física, embora soubesse que aquilo era errado. Agora eu sei que a resposta física era
natural, mas naquela época eu sentia uma culpa terrível.
Eu não me lembro de tê-lo
odiado nunca. De muitas outras maneiras
ele era um pai gentil, amável e querido.
Eu tive que lidar com mais raiva, hostilidade e ódio pela minha mãe do
que pelo meu pai.
Eu nunca havia contado isso
para ninguém até o dia em que contei ao meu noivo. Pela graça de Deus ele ouviu a minha
história, me aceitou, me amou, me confortou, e não julgou meu pai. Eu serei eternamente grata ao meu noivo
porque ele tornou mais fácil a minha recuperação. Surpreende-me o fato de que sexualmente
parece que estou bem. Apesar de tudo o
que li sobre os efeitos do incesto afirmar o contrário, meu marido e eu
desfrutamos de uma vida sexual saudável, a qual me satisfaz plenamente.
Eu sobrevivi sem ódio e levo
uma vida plena e carinhosa. Por causa de
tudo o que aprendi no Al-Anon, agora eu sei como meu pai estava doente para
fazer o que fez. Agora eu sou mãe e sei
que nunca iria magoar meus filhos de propósito.
Mas na minha doença eu os magoei, apesar do amor que sinto por
eles. Acredito que o mesmo aconteceu com
meu pai.
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